para o meu irmão era algo novo e inusitado, pois não chegava a um terço do que tínhamos em Brywood.

Enquanto caminhávamos em volta da praça principal, uma figura linda e esbelta apareceu do outro lado da rua. Era um garoto completamente belo, mas por estar longe, o que se enxergava era apenas a formosa silhueta e exuberantes olhos azuis que brilhavam conforme a luz do sol.

Estava tão profundamente hipnotizada pela beleza daquele rapaz, que eu nem havia percebido que Lucas me chamava desesperadamente no final do trajeto:

-Sophhhhhhhhhhhh!!!!! –gritou Lucas.

Minha vontade naquele momento era correr para o outro lado da rua e conversar com aquele garoto, mas como Lucas era ainda apenas um menino e não entenderia essa situação, resolvi voltar de novo à realidade e ir correndo ver o que o meu pequeno anjinho queria:

-O que foi Lucas? Por que essa gritaria? Aconteceu alguma coisa? -perguntei ainda ofegante com a corrida que tive que fazer para alcançar o ritmo de Lucas.

-Você é muito estranha! O que te fez sair do mundo? Foi aquele carinha ali? –perguntou ele, apontando para o garoto que agora conversava com algumas pessoas.– Seja mais discreta! Assim, vai assustar o rapaz! -repreendeu.

-Que conversa é essa, Lucas? Você sabia que não tem idade para ficar dizendo essas coisas? Onde aprendeu isso? Você é apenas uma criança!  -disse chocada.

Assim, discuti com Lucas por alguns minutos, até ele resolver ir correndo em direção à loja de doces romenos que havia próximo à fonte. Como já sabia que o meu anjinho não queria falar sobre isso, deixei de lado essa revelação chocante e fui correndo atrás dele.

 

II

Na véspera do tão esperado primeiro dia de aula, recebi um pequeno bilhete dourado de um carteiro, cuja aparência, mais lembrava um mordomo. E como era de se supor, tratava-se do próprio Instituto Medic:

 

Parte 03


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