-Estamos falando do anjinho da nossa vida! -apertei as bochechas dele.- E como somos bem-aventurados em ter-te em nossas vidas.

-Dá para parar? Eu não sou anjinho nem aqui nem na China! -reclamou.- E pare de apertar as minhas bochechas! -disse, ao mesmo tempo em que tirava os meus dedos de suas bochechas- Dói demais! -resmungou novamente.

-Já parei!

-E então Lucas, preparado para viajar com a sua irmã? -perguntou Dulce, mudando logo de assunto.

-Sim! Essa viagem vai ser a melhor aventura de minha vida! -respondeu com bastante entusiasmo.- A Soph vai encontrar os pais dela e eu vou ganhar um novo lar. Mal dá para acreditar! Se eu falasse isso para o Matheus e os outros...

-E você não vai falar nada, não é? -disse, cortando logo qualquer tentativa dele fofocar com os outros.

-Claro que não, Soph! Eu sei qual é a fama da família Rulfs. Não seria louco o suficiente para contar sobre a nossa partida.

-Acho bom! Não quero que a vizinhança toda saiba que sou adotada! Principalmente a Sra. Rulfs. Ela me dá nos nervos com aquela falsidade.

-Meninos, vamos parar de conversar? Já são sete e quarenta e daqui exatos quatro horas e vinte minutos, o caminhão de mudança estará aqui. - informou Cheff.

-É verdade! -exclamei.- Preciso me trocar! -disse apressadamente.- Tenho que fazer os últimos preparativos...

Cheff e Dulce eram como pais para mim. O zelo que eles tinham por nós era insubstituível.

 

V

Fui ao meu quarto pela última vez. Fiquei observando-o com um apelo nostálgico, no qual nem fazia ideia de que vivera tantos anos neste cantinho que antes era meu, somente meu. Fitei todos os pôsteres dos meus ídolos, os quais estavam grudados na parece roxa clara que eu mandara pintar há mais ou menos um ano. Olhei para o meu closet, para todos os meus sapatos separados por cor

 

Parte 08


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