Logo depois que eu respondi, minha mãe só começara a falar depois de alguns minutos:
-Sophie, eu tenho consciência de que eu deveria ter te contado isso antes, mas o seu pai me pediu que te contasse quando você crescesse e amadurecesse...
-Mamãe? O que está acontecendo? -interrompi-a.- Que conversa é essa? -estava quase entrando em desespero.
-Minha filha... Quando eu me casei com o seu pai, possuía uma doença muito rara que me impossibilitava de ter filhos. Então o seu pai resolveu que deveríamos adotar uma criança. -pausou.- Eu juro que não sabia que seu pai... -interrompeu.- Ele apareceu um dia com você nos braços. -chorou.- Eu não poderia deixar que ele te levasse de volta. -pausou novamente.- Você era tão linda, minha filha... Ai! -sentiu uma pontada no peito.
-Mamãe, você está bem? -manifestei-me preocupada.
-Não se preocupe, minha filha. Logo vai passar. -deu uma longa pausa.- Mas antes que a minha hora chegue, Sophie, a única coisa que eu sei é que os seus pais moram em Denaly e que...
-E o que, mamãe? -perguntei, pegando a sua mão em seguida.- Mamãe?! -gritei histericamente.