Assim trocamos os números de nossos celulares e ele saiu correndo de lá, como se o compromisso fosse mesmo algo urgente.
III
Lucas também não teve a mesma sorte que eu e então nos restava somente aguardar o dia seguinte.
Sendo assim, na manhã seguinte, deixamos o hotel e fomos até o ponto de táxi. A ansiedade em chegar a Denaly era tanta que até tinha me esquecido do meu novo amigo Callum e de toda aquela história do Caso Victoria. Assim que chegamos ao ponto, havia somente um táxi. Quando nos aproximamos, percebemos que pela expressão do motorista, ele não recebia um cliente há muito tempo:
-Bom dia! Desejam ir para onde? -perguntou o motorista.
-Bom dia! -respondi- Gostaríamos de ir a Denaly.
-Sim, senhorita!
Entramos no táxi aparentemente confortável. O motorista nos informou que a viagem levaria cerca de uma hora e que para isso, passaríamos por uma grande floresta, chamada Blue Forest, cuja imponência era dada pela sua variedade de espécies animais e vegetais. Quando passamos por lá, vi que era tudo muito lindo e que o céu carregado de Durco desaparecera a partir do momento que entramos pela floresta. Agora sentia que encontraria algo muito melhor. O motorista se sentiu tão animado com a nossa presença, que resolveu contar um monte de histórias sobre a floresta e suas belezas, o que foi muito interessante, por sinal.
Depois do longo percurso, chegamos a entrada de Denaly às dez da manhã. Como era impressionante aquele lugar cercado de brilho dourado, que mais lembrava a caixa forte do Tio Patinhas, cercada por suas ricas moedas de ouro. Logo na entrada estava escrito:
"Para se morar aqui, é preciso dinheiro e muita fama!
Bem-vindos a Denaly!"